Leishmaniose Canina: O Que é, Sintomas, Tratamentos e Como Proteger Seu Cachorro Dessa Doença Silenciosa

O que é a Leishmaniose Canina?

Transmissão: Como o cachorro pega leishmaniose?

Onde tem leishmaniose no Brasil?

Infelizmente, o mosquito-palha está presente em quase todo o Brasil. As regiões mais afetadas são:

  • Centro-Oeste (principalmente Mato Grosso e Goiás)

  • Nordeste (Bahia, Piauí e Maranhão)

  • Sudeste (Minas Gerais e partes de São Paulo)

  • Norte e algumas partes do Sul também já têm registros

O mosquito gosta de lugares úmidos, com matéria orgânica acumulada, como folhas podres, lixo, entulho e fezes. Por isso, manter o quintal limpo é uma forma de prevenção que já ajuda bastante.

Quais são os sintomas da Leishmaniose Canina?

Essa é a parte complicada: a leishmaniose pode demorar meses para começar a dar sinais visíveis. E quando os sintomas aparecem, eles podem ser confundidos com várias outras doenças.

Aqui vão os sintomas mais comuns:

  • Perda de peso sem motivo aparente

  • Queda de pelos, especialmente ao redor dos olhos, orelhas e nariz

  • Feridas que não cicatrizam

  • Unhas muito grandes e grossas (crescimento anormal)

  • Olhos com secreção ou inflamação

  • Apatia e fraqueza

  • Sangramento nasal

  • Problemas de pele

  • Ínguas (gânglios linfáticos aumentados)

  • Problemas nos rins em casos mais avançados

Se o seu cachorro está com qualquer um desses sinais, é hora de levar no veterinário e pedir exames específicos para leishmaniose.

Como é feito o diagnóstico da Leishmaniose Canina?

O diagnóstico é feito por exames laboratoriais, como:

  • Teste rápido (sorologia) — uma picadinha na pata e o resultado sai em minutos.

  • Exames de sangue mais completos, como ELISA ou PCR, para confirmar o diagnóstico.

  • Em alguns casos, pode ser feita também uma biópsia da medula óssea ou linfonodos.

Por isso, sempre leve seu pet ao veterinário de confiança se notar algo diferente.

A Leishmaniose tem cura?

Essa é uma pergunta que muita gente faz, e a resposta é: não existe cura definitiva, mas existe tratamento que pode controlar a doença e oferecer qualidade de vida ao seu cãozinho.

O tratamento inclui:

  • Medicamentos específicos, como o Milteforan (miltefosina), Alopurinol e outros

  • Suporte ao organismo, com dieta adequada, vitaminas, acompanhamento renal e hepático

  • Controle constante com exames regulares

Com tratamento, muitos cães conseguem viver bem por anos. O importante é começar o quanto antes!

A Leishmaniose Canina é transmissível para humanos?

Sim, mas calma. O cachorro não transmite diretamente para humanos. O contágio acontece da mesma forma: pelo mosquito-palha.

Ou seja, se um mosquito pica um cachorro infectado e depois pica uma pessoa, aí sim existe risco de transmissão. Por isso, o controle da doença nos cães ajuda a proteger os humanos também — inclusive crianças e idosos, que são mais vulneráveis.

Como prevenir a Leishmaniose em cães?

A prevenção é o melhor caminho. E a boa notícia é que existem várias formas de proteger seu cão dessa doença. Veja as principais:

1. Uso de coleiras repelentes

Existem coleiras específicas, como a Scalibor e a Seresto, que afastam o mosquito-palha. Elas duram de 4 a 8 meses e são uma das melhores formas de prevenção.

2. Vacinação

Sim, já existe vacina contra leishmaniose canina no Brasil! Ela não evita totalmente a infecção, mas ajuda o organismo do cão a se defender melhor, caso ele entre em contato com o protozoário.

Mas atenção: antes da vacinação, o cachorro precisa fazer o teste de leishmaniose. Cães já infectados não podem ser vacinados.

3. Cuidados com o ambiente

  • Mantenha o quintal limpo e sem acúmulo de lixo

  • Evite matéria orgânica em decomposição

  • Telas em janelas ajudam a evitar o mosquito dentro de casa

  • Use repelentes ambientais próprios para pets, se indicado pelo vet

O que fazer se meu cachorro tiver Leishmaniose?

Respira fundo. O diagnóstico assusta, mas não é uma sentença de morte. Com amor, cuidado e tratamento adequado, muitos cães vivem anos com qualidade.

Você deve:

  1. Confirmar o diagnóstico com exames

  2. Conversar com o veterinário sobre o melhor protocolo de tratamento

  3. Informar a vigilância sanitária (em algumas cidades, isso é obrigatório)

  4. Proteger outros cães com coleiras e repelentes

  5. Manter o ambiente sempre limpo e controlado

Importante: nunca abandone seu pet por causa da doença. Hoje em dia existem alternativas seguras para tratá-lo e proteger a família.

Eutanásia é obrigatória?

Esse é um assunto delicado. Antigamente, a eutanásia era indicada (e até obrigatória em alguns estados) para cães com leishmaniose. Mas isso mudou!

Hoje, o Conselho Federal de Medicina Veterinária e o Ministério da Saúde permitem que o cão seja tratado, desde que sob supervisão veterinária.

Ou seja, você tem o direito de tratar seu cachorro, sim. E muitos tutores estão optando por isso, com ótimos resultados.

Curiosidades sobre a Leishmaniose

  • O nome da doença vem do médico escocês William Leishman, que descreveu o protozoário pela primeira vez no século XIX.

  • A forma mais grave da leishmaniose em humanos é a visceral, também conhecida como calazar.

  • Além de cães, outros animais podem ser hospedeiros do protozoário, como raposas e roedores.

  • A leishmaniose está presente em mais de 90 países, mas o Brasil é um dos mais afetados.

Conclusão: Proteção é a chave!

A leishmaniose canina é uma doença séria, mas que pode ser prevenida e tratada com sucesso. A informação é o primeiro passo para cuidar melhor do seu pet.

Se você chegou até aqui, parabéns: agora já sabe como identificar os sinais, o que fazer em caso de diagnóstico e, o mais importante, como proteger seu cãozinho desse mosquito traiçoeiro.

Ah, e não esquece de compartilhar esse post com outros tutores de pets. A informação pode salvar vidas — tanto de humanos quanto de nossos amigos peludos!

A leishmaniose canina é uma doença infecciosa causada por um protozoário chamado Leishmania. No caso dos cães, o tipo mais comum é a Leishmania infantum. Esse protozoário é transmitido por um mosquito bem pequeno, conhecido popularmente como mosquito-palha ou mosquito-palhinha.

Mas não se engane com o nome “infantum”. Essa doença não é leve, nem só de criança. Ela pode afetar cachorros de todas as idades e raças — e até seres humanos

A transmissão acontece quando o mosquito-palha pica um animal (ou uma pessoa) já infectado com a leishmania e depois pica outro, transmitindo o protozoário. Ou seja, não é o cachorro que transmite diretamente para outro cachorro ou pessoa, mas sim o mosquito! Por isso é tão importante prevenir o contato do seu pet com esse mosquito. Aí você deve estar se perguntando: onde esse mosquito vive?